PLANO DE ENSINO
Tema: Classicismo
Série:
turmas de 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio
OBJETIVOS:
Que os alunos sejam
capazes de:
·
Identificar
os fatores que propiciaram o Renascimento;
·
refletir
sobre as características do Classicismo e analisar textos de Luís Vaz de
Camões;
·
Entender
a estrutura textual de "Os Lusíadas".
·
Reconhecer
as principais características do Classicismo e situá-lo no contexto histórico,
·
identificar
sonoridade e esquema de rimas num poema e diferenciar o gênerolírico e o épico,
que idealiza a perfeição e a beleza clássica através da estrutura
Estratégias e recursos da aula
- Utilização do
laboratório de informática.
- Leituras,
exercícios e pesquisa em grupo.
- Cópias das poesias
a serem lidas com os alunos
-Cartazes
ATIVIDADE 1
O professor vai começar a aula perguntando à
turma:
Quem aqui se
considera clássico? O que é ser clássico? O que alguém quer dizer quando fala
que a outra se veste de forma clássica?
Feito isso e
tendo ouvido bastante os alunos sobre o assunto, o professor deverá levá-los à
sala de informática para ver se usam corretamente o termo. Para tanto, que
acessem o site abaixo e trabalhem, em duplas, respondendo em seus pedirá cadernos,
as questões.
O roteiro deverá ser entregue xerocado aos alunos. O
professor informará que a correção será em forma de brincadeira e quem errar
pagará prenda. Essa prenda poderá ser imitar um bicho, um cantor, etc.
Roteiro:
1- Durante o século
XIV, a Europa começava a se preparar para uma grande transformação política,
econômica e cultural que teve seu auge ou apogeu nos séculos XV e XVI, chamado
de classicismo, também conhecido como quinhentismo. Por que esse nome?
2- Que fato
desencadeou o surgimento do Classicismo em Portugal?
3- Por que esse
período, passa a ser conhecido como
Renascimento? Ilustre sua resposta.
4- São
características do Classicismo: Racionalismo, Universalismo, Perfeição formal,
Presença da mitologia greco-latina, Humanismo. Explique a importância de cada
uma dessas características.
5- O que se deve
entender por platonismo?
6- Quais as outras
características do Cassicismo?
7- O que a classe
chamou de clássico, corresponde aos ideais do Classicismo?
CORREÇÃO LÚDICA
- Para fazer a correção do trabalho, o professor colocará a turma em círculo.
Entregará a um aluno uma bola que deverá ser repassada de um aluno a outro e
com uma música de fundo. Quando a música cessar, o aluno lê a primeira questão
e a responde. Se não souber, o professor pergunta à turma quem quer responder e
discute-se com toda a turma as respostas. Quem erra paga prenda à escolha do
professor.
ATIVIDADE 2
Nessa aula o
professor irá dar continuidade ao estudo sobre o Classicismo mas utilizando
como base algumas obras de arte, fazendo relação do Clássico na pintura, escultura,
na música e na poesia.
Em literatura,
não é comum poder-se analisar a vida do autor pela sua obra. Porém, a biografia
de Camões explica seus versos.
Entregar uma
cópia com a poesia abaixo para cada aluno, Pra que juntos façam a leitura do
mesmo e a partir disso apresentar um breve esboço da vida do autor e
contextualizar o momento histórico vivido pela nação portuguesa.
Ao desconcerto do mundo
Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando assim alcançar
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que só para mim
Anda o mundo concertado.
Luís Vaz de Camões
2- Estabelecer
paralelos sobre Camões ser considerado o maior poeta em Língua Portuguesa e sua
vida. Considerem os fragmentos abaixo retirados da biografia.
a- Chegam as férias
militares, fim do soldo. Para ganhar alguns trocados, Camões escreve versos e
autos por encomenda de um poderoso senhor que os apresenta como seus à
pretendida. Em troca, restos de comida. O poeta também se torna escriba
público. São muitos os soldados analfabetos. Camões escreve cartas para os seus
familiares no Reino. Assim vive em Goa até 1556.
b- No regresso,
o susto, o naufrágio. Está na Costa de Camboja, próximo do Rio Mecom. Camões
salta do barco. Os Lusíadas colados ao corpo. Braçadas. Mais braçadas.
Turbilhão de água, escassez de ar. Camões nada, incansavelmente. Terra firme.
Ainda não perdeu os sentidos. Sabe que está vivo. Olhar de soslaio, o
manuscrito está salvo. Já pode desmaiar. O corpo a transpirar, ardência, febre.
A infância, paixões e conflitos, lampejos. Mazelas.
ATIVIDADE 3
Leitura do poema
“Amor é fogo que arde sem ver”, estabelecendo relação entre o poema de Camões e
os textos de Corintios 13 e a música da Legião Urbana- Monte Castelo.
Após ouvir a
música o professor deve questionar os alunos se esses já ouviram ou leram
alguma definição parecida do “amor”, em seguida apresentar o poema de Camões e
pedir para que verifiquem as semelhanças entre os três textos.
Esse é um
momento que o professor deve também explicar sobre a lírica de Camões, falando
sobre medida velha e medida nova presente em suas poesias.
ATIVIDADE 4
Explicar o que é um épico e por que Os
Lusíadas faz parte desse gênero e qual a importância dessa obra para a literatura
e a língua portuguesa.
Apresentar os cantos (explicar que o episódio
de Inês de Castro será tratado mais detalhadamente na próxima aula).
Analisar um excerto da obra.
Canto I
Terminada dedicatória,
a narração do poema começa com Vasco da Gamam e sua frota em pleno o ceano,
rumo à Índia. No Olimpo, os deuses reúnem-se em um Concílio, pois Baco desejava
impedir o sucesso dos portugueses, ao passo que Vênus e Marte estavam empenhados
em auxiliá-los.
Canto II
Vasco da Gama consegue livrar-se de traições dos povos
com quem havia estabelecido contato na costa africana. Os navegantes chegam a
Melinde. Os portugueses escaparam de situações difíceis, graças à proteção de
Vênus.
Canto III
O rei de Melinde deseja conhecer a história de Portugal.Por
iso Vasco da Gama narra episódios históricos entre os quais se destacam as aventuras
de Inês de Castro,que você verá adiante.
Canto IV
Vasco da Gama continua sua narrativa, chegando aos preparativos
da expedição e ao momento do embarque. Surge então, na praia do Restelo, uma personagem
do povo, o “Velho do Restelo”, que se opões às viagens marítimas. Ele representa
a mentalidade medieval, que teme as mudanças decorrentes das grandes
navegações, indicando ao mesmo tempo, os prejuízos que tais aventuras poderiam causar
a Portugal. O velho dirige-se à “vã cobiça desta vaidade a que chamamos Fama.
Canto V
Vasco da Gama descreve então os locais por onde a
esquadra havia passado e as dificuldades encontrados pelos marinheiros: muitos
adoeceram devido ao clima e às águas. Destaca-se neste canto a figura do “Gigante
Adamastor”, que é a personificação do antigo cabo das Tormentas, um acidente geográfico
quase intransponível no caminho para o Oriente. Contrapondo-se à figura horrenda
do gigante, está a força moral de Vasco da Gama e de seus marinheiros, que não se
atemorizam e superam o obstáculo.
Canto VI
A esquadra parte para a ìndia. Os deuses do Olimpo
interferem: Baco desce apalácio de Netuno, isto é, ao mar, para tentar destuir
a frota; mais uma vez, Vênus interfere em favor dos portugueses. Aproximam-se
da ìndia.
Canto VII
Chegam a Calicute, sendo recebidos pelo samorim,rei da
Índia, e pelo catual, representante do governo. O poeta descreve o país e narra
a ida do catual à nau Capitânia.
Canto VIII
No navio, o catual ouve a narrativa de Paulo da Gama ,irmão
de Vasco, sobre personagens da história portuguesa. Vasco da Gama é atraiçoado
e preso pelo catual, mas consegue libertar-se em troca de mercadorias.
Canto IX
Depois de resolver mais alguns problemas com mercadorias
e reféns, Vasco da Gama parte de volta a Portugal. No Olimpo, Vênus decide premiar
os portugueses. No oceano, os portugueses encontram a ilha dos Amores, com as
ninfas que os acolheriam, proporcionando-lhes momentos de amor como recompensa
pelos seus feitos heróicos.
Canto X
A deusa Tétis oferece um banquete a Vasco da Gama em seu
palácio e lhe fala sobreas glórias futuras de Portugal .Mostra-lhe a “grande
máquina do mundo”: o Empíreo (céu,ainda na visão da terra como centro do
universo), as estrelas, os continentes.Retornam a Portugal.No epílogo, o poeta queixa-se
da decadência que já atingia a pátria, assumindo um tom melancólico e contrário
em tudo à euforia inicial. Ao encerrar o poema, mostra-se fraco e cansado.
ATIVIDADE 5
Apresentar o episódio conforme Os
Lusíadas e o episódio conforme A Castro , de Antonio Ferreira
Apresentação de slides com
temas de Os Lusíadas e do episódio de Inês de Castro.
ATIVIDADE 6 –
Questões
1)Quais os modelos retomados
pelo Classicismo e o que foi valorizado durante esse movimento?
2)Qual a importância da obra Os
Lusíadas para a literatura e a língua portuguesa?
3)O poema Ao desconcerto do
mundo divide-se em duas partes contendo cinco versos cada uma. Em que parte
podemos identificar o que é reservado aos bons? Exemplifique. Em que parte podemos identificar o que é
reservado aos maus. Exemplifique.
4)Existe semelhanca entre as
concepções de amor apresentadas pela canção Monte Castelo, pelo poema Amor é fogo
que arde sem se ver e pelo trecho
bíblico contido no capítulo 13 do livro de Coríntios, intitulado A suprema excelência
do amor?Justifique sua resposta.
AVALIAÇÃO
As atividades de
avaliação de envolvimento e de produção dos alunos deverão ocorrer no decorrer
de todas as propostas de trabalho. O professor deverá observar a participação
dos alunos na resolução das questões, no interesse em aprender e em todos os
momentos que foram chamados a participar das atividades.
Referências
ABAURRE, Maria Luiza M. Literatura Brasileira, Tempo,
leitores e Leitura,São Paulo: Moderna, 2005.
CAMÕES, Luís V. Os Lusíadas, Porto: Livraria
Figueirinhas, 1978.
CEREJA, Willian; MAGALHÃES, Thereza C.,Português:
Linguagens, São Paulo: Atual Editora, 2004 (PNLEM 2006).CIDADE, Hernani,
JUNIOR, Benjamin
Abdala. Camões-Épica e Lírica in: Margens do texto. São Paulo: Editora
Scipione, 1996.